Portal MACAUENSE - A audiência pública na Câmara Municipal, nesta quinta-feira (11), que debateu sobre os impactos da reativação de 34 poços maduros no Polo Riacho da Forquilha, produziu um documento oficial, denominado Carta do Petróleo. No material constam diretrizes que têm como objetivo reaquecer o setor de petróleo em Mossoró e demais municípios produtores, onde, estima-se, perda de empregos no patamar de 10 mil vagas nos últimos dez anos. As ações foram compiladas, com base no debate realizado na reunião.
Entre os pontos apresentados no documento estão uma das grandes preocupações de trabalhadores e fornecedores do setor, que é a contratação de mão de obra majoritariamente da região produtora. Também integra o conjunto de ações projetos de compensação social para áreas exploradas; aproveitamento de outros campos maduros; aumento da arrecadação de royalties por municípios; não privatização da Petrobras; parcerias junto a universidades locais para a realização de pesquisas.
“A Carta do Petróleo sintetiza os principais pontos debatidos na audiência e que podem tornar o processo de exploração dos campos maduros ainda mais exitoso. Saímos desta audiência muito otimistas, diante de tudo o quê foi apresentado, como os investimentos e o comprometimento da empresa responsável pela aquisição dos campos maduros.”, pontua a vereadora Sandra Rosado, propositora da audiência pública.
O documento é subscrito pelos participantes da audiência pública, na Câmara Municipal, e oficializa o compromisso de alguns dos principais atores no processo. Também será referência para cobrar ações de apoio ao trabalho ao Poder Público, em todas as esferas.
Investimento
Representante da Petrorecôncavo, empresa que adquiriu os 34 poços maduros da Petrobras, Marcelo Magalhães afirma que haverá um novo ciclo de investimento para aumento da produção, royalties e empregos. Reafirmou compromisso de investir 150 milhões de dólares nos próximos cinco anos e que aguarda a homologação da cessão dos poços, prevista para o último trimestre do ano, para início da exploração.
“Lógico que não somos a Petrobras e não seremos responsáveis por retornar a produção dos tempos áureos. Porém, deveremos ter duas ou três sondas de trabalho e até uma sonda de perfuração em Riacho da Forquilha, onde há mais de um ano não existe nenhuma sonda exclusiva, e a mão de obra será majoritariamente local”, diz Magalhães.
Participação
O debate em torno do novo momento do setor petrolífero local, que surge a partir da aquisição dos 34 campos maduros, reuniu representantes dos principais nichos de atuação do segmento, com participação de prefeitos e secretários de municípios que integram a região produtora de petróleo, empresários, sindicatos e associações representativas..